sábado, 22 de junho de 2013

O avanço avassalador da tecnologia e seus efeitos colaterais.

ESCRITO POR MARCELO TAS

Sabine Moreau - foto reprodução
Novamente reunida em São Paulo, a mega comunidade de nerds na Campus Party- a nossa São Paulo Nerd Week! Como sempre, está com uma ampla e merecida cobertura da mídia, inclusive do Terra.

Saúdo os nerds campuseiros, dou parabéns aos organizadores pelo cardápio variado de assuntos e deixo aqui uma minhoca na cabeça de todos sobre o avanço avassalador da tecnologia e seus efeitos colaterais. É inspirada numa notícia que passou despercebida, ficou jogada ali no cantinho das curiosidades dos jornais: a da velhinha belga e seu GPS. Sabine Moreau, 67 anos, saiu de Solre-sur-Sambre, cidadezinha onde vive na Bélgica, para pegar um amigo na estação de trem na capital do pequeno país, Bruxelas. O que era para ser uma viagem curta, um bate-volta, de 61 km virou uma aventura de dois dias e 1450 km. Tudo porque Sabine fez algo que nunca havia feito antes: para facilitar seu dia, desligou a cabeça e ligou o GPS. Deixou que seu novíssimo Tom Tom a guiasse por nada mais, nada menos, que 5 países e acabou indo parar na Croácia.

Não ria. Desconfio que Sabine não esteja só. Todos nós corremos o risco de nos entregar ao comodismo de apertar botões para descansar o cérebro e esquecer-se do principal: onde queremos chegar? O que fazer com tudo isso? Que história queremos contar?

Já existe o automóvel que liga o limpador de para-brisas automaticamente quando começa chover, câmera fotográfica que só dispara o clique depois do sorriso e pilotos de grandes jatos que sabem tudo de tecnologia mas não sabem o que fazer sem o piloto automático.

Sob o impacto desse rally tonto de Sabine pela Europa, me lembrei das últimas palavras de Bonin, o jovem co-piloto inexperiente no trágico acidente que matou todos os 228 ocupantes do super hiper high tech Airbus da AirFrance que caiu no trajeto Rio x Paris: “Nós vamos bater! Não pode ser verdade… O que está acontecendo?”

O que pode estar acontecendo, meu caros, é estarmos nos tornando pilotos de maravilhosas máquinas sofisticadas como o Airbus sem conhecermos a arte de voar.

E você, caro campuseiro, caro nerd, caro navegador deste blog, tem tido experiências ou pensamentos semelhantes ou diferentes sobre o assunto? 

Compartilhe.

E… longa vida aos nerds!

Fonte: Blogdotas

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