quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Quem inventou a caneta esferográfica? Uma ideia que tornou o mundo mais rápido.


László Biró

O conceito de uma caneta esferográfica remonta à patente registrada por John J. Loud em 30 de Outubro de 1888. Tratava-se de um produto destinado a marcar couros e não foi explorado comercialmente.


No dia 10 de junho de 1943, László Biró, natural da Hungria, patenteou a caneta esferográfica. O jornalista já tinha tido a ideia em 1938, mas a Segunda Guerra Mundial atrasou a patente.




Ninguém mais se lembraria do jornalista húngaro László Biró (1899–1985), se ele não tivesse inventado um objeto para escrever que é hoje conhecido em todo o mundo: a caneta esferográfica. Já no século 19, foram muitas as tentativas vãs de desenvolver um objeto que escrevesse de forma tão suave quanto a caneta-tinteiro, mas que não manchasse ou borrasse.
Na época, Friedrich Nietzsche chegou a criticar a iniciativa, dizendo que tal caneta iria tolher o pensamento. "Se deixarem de existir as pequenas pausas para molhar a caneta no tinteiro, para recarregar a caneta e para secar a tinta, quando então se desenvolverão as ideias?", perguntava ele.

Incerteza sobre fonte de inspiração
Pois eram justamente essas pausas forçadas que irritavam o jornalista Biró. Ele queria criar algo melhor. Conta-se que ele teve a ideia quando os colegas de escola de sua filha mancharam os cabelos dela com um tinteiro.
Outros garantem que ele descobriu o caminho para desenvolver a caneta esferográfica na oficina do jornal em que trabalhava, em Budapeste, ao observar o funcionamento das máquinas rotativas, cujos cilindros se empapavam de tinta e imprimiam no papel o texto neles gravado.
Seja qual for a origem da invenção, fato é que, depois de anos de tentativas, Biró, juntamente com seu irmão György, criou em 1938 uma caneta recarregável com uma ponta arredondada de metal no lugar da pena da caneta-tinteiro. A tinta foi acondicionada num tubo plástico. Devido à força da gravidade, a tinta umedecia a esfera, e esta, ao girar, a distribuía de modo uniforme pelo papel sem sujar os dedos ou provocar borrões.

Aperfeiçoamento na América do Sul
Durante a Segunda Guerra Mundial, Biró e sua família fugiram da Hungria, indo primeiro para Paris e depois para Buenos Aires. O então presidente da Argentina ficou tão impressionado com o invento que propôs a Biró produzir a caneta no país.
Foi justamente na América do Sul que o jornalista húngaro teve a idéia de substituir a tinta por uma pasta líquida. Novamente Biró começou a fazer experimentos até desenvolver a consistência ideal da pasta líquida e conseguir que uma firma sueca lhe enviasse as esferas móveis com a precisão necessária.
No dia 10 de junho de 1943, László Biró recebeu a patente da primeira caneta esferográfica como a conhecemos hoje em dia. Um ano mais tarde, apareceram as primeiras esferográficas no mercado argentino.
O sucesso se fez sentir ainda durante a guerra: até a Força Aérea inglesa adotou as canetas, pois nem a altitude nem a variação de pressão interferiam no desempenho do objeto.
A explosão de vendas aconteceu nos Estados Unidos. No lançamento no mercado americano, em 1945, as primeiras 10 mil canetas esferográficas foram vendidas em 24 horas, apesar do elevado preço de mais de 8 dólares a unidade.
O seu inventor, entretanto, não teve participação nos lucros. Biró já havia vendido sua patente por 1 milhão de dólares. Em contrapartida, o comprador, o barão francês Marcel Bich, cuja firma BIC lidera o mercado mundial de esferográficas, se tornou bilionário.

Fonte: DE-world.de

3 comentários:

  1. A Caneta esferográfica também ajudou a desmantelar uma das maiores fraudes já cometidas: a suposta biografia "O Diário de Anne Frank".
    A verdade explodiu em 1956, quando um desconhecido escritor judeu de nacionalidade norte-americana, chamado Meyer Levin, processou judicialmente Otto Frank, reclamando o pagamento dos direitos de autor do «Diário de Anne Frank». Ambos compareceram perante o juiz judeu Samuel L. Coleman que, após analisar demoradamente os detalhes do caso, condenou Otto Frank a pagar 50.000 dólares a Meyer Levin pelo seu trabalho - o “diário” de Anne Frank.
    Todo este processo se encontra arquivado no Condado de Nova York (New York Country Clerks Office) sob o número 2241 do ano de 1956. Os principais elementos processuais figuram no 141 New York Supplement 11, 170 da 2.ª série e 181 da 5.ª série.
    Otto Frank reconheceu-se CULPADO, mas apelou contra a avultada quantia da sentença.
    O assunto foi resolvido amigavelmente entre as partes interessadas, enquanto estava pendente esse recurso para o juiz Coleman. O caso foi encerrado e a sentença judicial, pronunciada por um juiz judeu, declarou: o verdadeiro autor do “diário” é Meyer Levin.

    Dois alemães - Edgar Geiss e Ernst Roemer - também questionaram publicamente a autenticidade do citado “diário”. O Tribunal Distrital de Hamburgo encarregou a Oficina Criminal Alemã Federal para o exame dos textos, a fim de determinar cientificamente se estes foram realmente escritos entre 1941 e 1944, baseando-se na análise do papel e da tinta. Esta análise foi levada a cabo pelo professor Werner, em Abril de 1981. Os resultados mostraram, entre outras coisas, que as correções e os diversos comentários nas folhas foram feitos com tinta de esferográfica. Como as esferográficas só apareceram no mercado em 1951, era absolutamente impossível que o “diário” tivesse sido escrito antes disto.

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