quarta-feira, 8 de junho de 2011

Não é todo dia que a vida bate 60 vezes à sua porta.

Por: Batista de Oliveira
 


Dia 08 de junho. 

Ela bate e, as vezes, eu não ouço. Porque estou ligado no fone de ouvido,
no sms, nos prazos, nas horas, nas correções e urgências. Bate outra vez,
dá um toque. Dou um tempo e penso no meu dia como algo infinito,
preferencialmente no infinitivo. Por exemplo:

- Decifrar os enigmas nas histórias que a  vida conta (sempre baseadas
em  fatos reais). 

- Amalgamar lembranças, muitas. Inclusive aquelas que já se destilaram.
- Perder a lógica do tempo e, talvez, subir a Augusta contando estrelas
frias em pleno meio dia e meia.

- Perdoar os diabos que amassaram o pão. E rezar aos deuses que
inventaram os jobs, as desculpas, as verdades e entrelinhas.

- Subir no topo da perspectiva, olhar o norte e sentir-se o centro do
universo. Descer à legenda do hall. E emergir rápido, com a força de
60 cavalos, para fazer, refazer, acelerar.
Mesmo quando não for o caso, nem o acaso.

Ser irresponsável, cuidadosamente irresponsável, sabendo que:
- É preciso escutar mais, inclusive o som do silêncio.
- É preciso cantar mais, mesmo que seja um réquiem.
- É preciso escrever mais, nem que sejam novas opções de títulos.
- Acima  de tudo, é preciso chorar mais, nem que sejam
“lentas lágrimas sórdidas²”. (copiando Pablo Neruda).
Hoje, pelo menos hoje, é preciso concordar (tardiamente) com aquilo
que o amigo Djinishian me falou um dia:
“Deixa isso aí na mesa...vai embora...Depois você volta e resolve”.


 Volto.


Dia 08 de junho, é aniversário de um maravilhoso güelo.
Que sempre fez tocar em todos nossos corações as maiores emoções.
Parabéns! Batistão.

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