Seu carisma e capacidade
de inovar farão falta, mas o executivo teve tempo para preparar a transição,
criando uma companhia que é sua imagem e semelhança.
Tim Cook e Steve Jobs |
Com a morte de Steve
Jobs, surge a pergunta: como fica a empresa de maior valor de mercado do
mundo sem o seu líder? Logicamente, seu carisma já faz falta (como pôde
ser visto no recente lançamento do iPhone 4S), mas o seu legado vai muito
além da presença de palco que hipnotizava os fãs da empresa.
Sobre o futuro da empresa,
é preciso destacar algumas questões: em primeiro lugar, como quase tudo que a
Apple faz, a transição tem sido pensada e implementada com cuidado e
antecedência, ao longo dos últimos anos.
Tim Cook assumiu o comando várias
vezes, por conta dos problemas médicos de Jobs, rotina que culminou com o
anúncio deafastamento do cargo de CEO no final de agosto. Jobs já não
comandava a companhia nos últimos meses, e Cook já traz uma boa bagagem nessa
função.
Em segundo lugar, os
planos em uma companhia como a Apple não são decididos de um dia para outro. O
cronograma de produtos para os próximos anos já está fechado, e ele foi decidido
sob a supervisão de Jobs. Tudo o que vier nos próximos anos tem o dedo de Jobs
(iPad 3, a próxima versão do iPhone...).
Além disso, uma das
maiores virtudes do polêmico e visionário executivo foi a sua capacidade de
agrupar talentos e disseminar seu modo de pensar e agir. A Apple de hoje
respira e pensa como ele. E essa maneira de trabalhar vencedora não deve sumir
nos próximos anos. Tim Cook está encarregado de seguir religiosamente o manual
de Jobs.
E a percepção do
consumidor? Logo após a saída de Jobs do cargo de CEO, uma pesquisa da
consultoria ChangeWave destacou o tema. No levantamento, apenas 4% dos
entrevistados disseram que estariam menos propensos a comprar produtos da Apple
sem Jobs no comando. Cerca de 90% dos consumidores entrevistados afirmaram
simplesmente que o fato não faz diferença quanto a sua intenção de compra de
produtos da Apple.
Logicamente, já vimos
outras empresas amargarem desempenhos ruins e perderem o fôlego, após a saída
de suas principais figuras. A Microsoft, por exemplo, luta para manter sua
importância, após a saída de Bill Gates. Mas a Apple tem as ferramentas, a
cultura e as pessoas capazes de manter a companhia nos trilhos. Pelo menos nos
próximos anos.
Fonte: DANIEL DOS SANTOS,
MACWORLD BRASIL
Para mais informação dos
leitores do blog “Os Güelos”
Tim Cook, 50 anos, nasceu
em 01 de novembro de 1960 nos Estados Unidos no Alabama. Na época seu pai
trabalhava em um estaleiro como estivador e sua mãe era dona de casa. Tim Cook nunca
teve uma vida fácil e após estudar bastante para se formar como Engenheiro
Industrial pela Universidade de Auburn, foi rapidamente contratado pela IMB,
local onde permaneceu por 12 anos.
Após sua saída da IBM em
1994, Cook ainda trabalhou na Intelligend Eletronics e na Compaq até
ser finalmente contratado por Steve Jobs em 1998 para trabalhar na Apple. Tim Cook
ingressou na Apple como Vice-Presidente Sênior de Operações Globais e possuia
uma sala bem próxima a de Steve Jobs.
Na época a Apple estava
passando por um periodo negro em sua história e precisava desesperadamente
cortar gastos para sobreviver. A primeira grande decisão de Cook foi tirar da
Apple a responsabilidade total pelo desenvolvimento e montagem dos componentes que
compunham os produtos da empresa, para isso, Cook buscou fornecedores
externos de peças que precisavam para montar boa parte de seus produtos.
Todas as decisões de Cook
foram tão importantes para o crescimento da Apple que em sua biografia na
página da Apple existe um trexo falando que “Cook desempenhou um papel
chave no crescimento contínuo das relações da Apple com seus fornecedores
estratégicos, garantindo assim cada vez mais flexibilidade como resposta para
um mercado cada vez mais complexo e exigente.“
É verdade, quando uma empresa se funde com o seu criador sempre existe um grau de dificuldade inicial, mas se a mesma empresa é focada em inovação e desenvolvimento, consegue superar mais rapidamente os percalços iniciais.
ResponderExcluirApple sempre se sustentou por usuarios que pagam preços premium, seja pelo estilo ou toda baboseira sempre defendida/citada pelos usuarios.
ResponderExcluirNa verdade teve um boom enorme desde o ipod, até quando vai é o problema.