quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Allan Freed, o inventor do rock n'roll.

Allan Freed

A origem do rock n'roll se encontra no blues, a quem deve a estrutura rítmica e melódica. O blues, criado pelos negros trazidos da África para trabalhar nas plantações de algodão nos Estados Unidos, no início do século XX, nasceu dos cantos dos escravos, geralmente cheios de tristeza e saudade de sua terra natal. Não é à toa que recebeu o nome de blues, que em inglês significa melancolia e tristeza.
Na época, o estilo musical mais popular era o jazz, "música branca" baseada no swing característico sem a improvisação e com ênfase nos instrumentos de percussão e sopro. O blues apareceu como alternativa: era a expressão da música negra.
Outro ingrediente entrou na mistura que daria no rock. Tratava-se da música gospel, característica das igrejas evangélicas, com um toque de blues e mensagens para o povo oprimido. O ritmo country também contribuiu para a consolidação do rock - principalmente no que se refere à definição do estilo musical, graças ao radialista Alan Freed que lançou o nome "rock n'roll".
Rock n'roll era uma gíria dos negros norte-americanos que faz alusão ato sexual e está presente em muitas letras de blues. 
A expressão rock and roll foi usada por Alan para difundir o novo gênero musical que começara a se disseminar.

Em 1951, Allan Freed lançou o programa de rádio "Moon Dog Show", mais tarde rebatizado de "Moon Dog Rock and Roll Party", ao mesmo tempo que promovia festas com o mesmo nome. Tudo para difundir o novo gênero.
Bill Haley and his Comets, Chuck Berry, Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, Carl Pergkins, Fats Domino, Little Richard, The Beatles, entre outros, foram os primeiros nomes a arrastar multidões que ansiavam por um estilo de música jovem, moderna e dançante.

No Brasil, a cantora Nora Ney - da fase áurea do rádio e conhecida como "rainha da fossa" - foi quem curiosamente cantou o primeiro rock em português. Mas o fenômeno do rock mesmo só começou com os irmão Tony e Celly Campelo. Depois, era a vez da Jovem Guarda, de Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia, inspirados nos Beatles, os meninos de Liverpool.
Na década de 70, destacou-se Raul Seixas; nos dez anos seguintes, foi a vez do boom do rock nacional com Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, Engenheiros do Hawaii, Blitz, Barão Vermelho, Legião Urbana, Ultraje a Rigor, Capital Inicial, Titãs e Paralamas do Sucesso. Na música solo, destaque para Cazuza, Marina Lima, Lulu Santos, Rita Lee, Lobão, entre outros.

Fonte: IBGE teen

4 comentários:

  1. Como sempre um assunto interessante.

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  2. Olá,
    Muito interessante o seu blog.
    Estou seguindo.
    Sobre o post, muito legal, informativo e de resgate cultural.
    Nora Ney era fantástica e por isso pioneira.
    Vou indicar.
    Te convido a conhecer o Travessia.
    Um abraço.

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  3. Começei a ler o texto, quando li "Jazz musica branca" até parei de ler.

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    1. Caro leitor.
      Estamos falando do primeiro estilo do jazz o rag (ragtime) que em geral, esta ligado a tradição musical européia e o sentido rítmico do negro, em outras palavras, pode-se dizer que o jazz ou rag daquela época era música de branco tocada por negro.
      O jazz não surgiu só em New Orleans, outras cidades também participaram de seu nascimento, como Memphis, Kansas City, St. Louis, Dallas e de uma forma especial, Sedalia, no estado de Missouri. Sedalia foi a capital do ragtime, o primeiro estilo do jazz. Para lá foi Scott Joplin, pianista e compositor, considerado o maior nome do ragtime, cuja música não contava com a improvisação, mas possuía um swing característico.
      Era uma música do povo, do operário, dos que construíam estradas de ferro, de quem freqüentava os botecos à noite, para ouvi-la num piano ao vivo ou numa pianola.

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